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04-03-2009

Sócrates caminha para mais um Oásis


Editorial - Campanha Negra

"Se fosse deixado a mim decidir se deveriam ter um governo sem jornais ou jornais sem um governo, não hesitaria um momento em preferir este último". Thomas Jefferson, Pres. EUA [1743-1826]

No recente congresso do PS José Sócrates questionou a qualidade da democracia portuguesa. Tendo na mente o caso Freeport mas sem a ele se referir, disse que estava ali "para que não vençam aqueles que fazem política da calúnia, da difamação e dos ataques pessoais". Complementou invocando Zeca Afonso, "quem governa é quem o povo escolhe. Não é um qualquer director de jornal nem nenhuma televisão nem nenhum cobarde que se entretém a escrever cartas anónimas. Quem escolhe é o povo porque em democracia o povo é quem mais ordena!"

Isto de virar-se contra imprensa não lembra ao diabo. Como teria comentado Sócrates a investigação jornalística do Washington Post que levou à destituição do Presidente dos EUA, Richard Nixon. E a investigação da revista IstoÉ no Brasil que iniciou o processo de renuncia do Presidente Brasileiro Color de Mello. Campanha negra?

Esta frase marca o congresso porque a tal campanha negra, é negra, não pelo que o PM disse mas sobretudo pelo que não disse. É feio, para quem defende a "decência na política" que não mencione quais jornais que o injuriaram e meta tudo no mesmo saco. Sócrates tem o dever da transparência e não pode ficar apenas pela retórica balofa. Já ouvi dizer, salvo a erro a Bagão Félix, que o PM facilmente resolveria este assunto expondo todos os seus rendimentos e provando que não obteve dinheiro indevidamente. Ao invés preferiu a vitimização.

Como Cavaco em tempos idos também Sócrates caminha para mais um Oásis insistindo em apenas ver a sua verdade. A imprensa padece de muitos males, comete muitos erros mas o pior de todos é querer calá-la.

Também ao nível local é necessária decência política. Não fica bem, como no decorrer da última AM de Anadia, lançar acusações de compadrio aos jornalistas sem as concretizar. Chamar os bois pelos nomes é cada vez mais difícil neste nosso Portugal.

António Granjeia*
*Director


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